quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

(E a Lia sonha...)

Quando o livro surgiu em mim, houve uma festa de letras e ideias inesperadas. Efusão! Após páginas escritas e personagens devidamente apresentados começou a chateação: qual o propósito desse livro? Entreter me parecia tão fora de mão quanto o carrinho do Enduro. Eu queria um significado para todas as horas investidas e a investir no feitio do livro, queria que ele tivesse uma missão a cumprir. Laser paralizante! Meditei, pedi inspiração ao cosmos, cozinhei massas, bordei e colori mandalas, visitei cachoeira e tive cuidado para não cair sentada nas ruas de pedra. Brinquei de esposa de pirata e descobri que tenho bastante fios de cabelos marrons em minha cabeça. O tempo espiralado corria tranquilo quando um clarão rasgou a cortina de minha mente e trouxe a resposta tão aguardada. Frio na barriga! Folhas de papel reciclado aguardam o passeio da caneta preta sobre elas.