Angelina é a dona da panetteria onde vou todas as manhãs. Pequena e rechonchuda, com os cabelos encaracolados presos nas laterais por duas presilhas prateadas, ela me acolheu sob suas asas como uma avó. Sua indignação com minha resistência [e amor] ao frio é tanta que ela mal me vê virando a esquina que corre para me agasalhar com um xale de lã grossa. Eu agradeço, engancho meu braço no dela e levo-a de volta até a panetteria, para sua cadeira próxima à janela, onde ela fica protegida do clima austero por duas camadas de vidro e um aquecedor de chão.
Para meu café da manhã, sempre escolho uns pães redondinhos "italianos", muzzarela de búfala e uma bela caneca de cioccolata calda. Gosto da textura cremosa, o sabor um pouco puxado para o amargo combinado com o aroma adocicado da canela polvilhada por cima. Não me canso de fazer o mesmo pedido todos os dias!
Saciada a fome, saio para caminhar. O calor provocado por meus movimentos e pelos valentes raios de Sol que conseguem chegar inteiros até mim, quase me faz querer tirar o casaco que comprei em Bácoli, mas sou preguiçosa demais para carregá-lo enquanto caminho. Mantenho-o onde está e concentro-me no vento frio que bate em meu rosto. O mundo bem que poderia rodar um pouquinho mais devagar nesse momento...
2 Comentários:
Minhanossinhora, eu quero tudo isso. Fiquei com vontade de experimentar tudo o que a Angelina oferece. Me dá! :D
Quero que a senhora andariilha tenha um amanhã, sábado 10 de janeiro, intensamente feliz!
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