terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Há um pequeno bistrô na esquina da pousada, o aroma que transpira de suas panelas me atinge como flechas apaixonadas de um Eros sem ocupação, que insiste em me perturbar enquanto guardo minhas roupas no armário de madeira clara. Um delicado bouquet de lavanda repousa sobre o travesseiro... Tomo banho, troco de roupa, visto a echarpe que ganhei do violinista de olhos negros. Penso no que irei fazer para seduzir o proprietário do bistrô e ganhar sua permissão para conhecer sua cozinha e cada segredo que envolve aquele cheiro que me conduz para uma das mesas do salão iluminado por candeeiros e decorado com flores amarelas.

Faltam duas luas... até lá, serei deliciosamente obrigada a conversar com as senhoras que me ensinaram o caminho da pousada, encantadoramente forçada a fazer novos amigos e a beber vinho branco na varanda do meu quarto enquanto assisto a tarde se despedir das casas de pedra do vilarejo.

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