Ainda não consigo expressar meu espanto com a eficiência que os italianos têm em encontrar bons lugares para comer. Parti de Besse-sur-Issole há três dias, à tarde, após abraços suaves entremeados por embrulhos contendo pães e antepastos vegetarianos, e uma garrafa de vinho para sobreviver à longa viagem, pois segundo Berthe, 'somente bebendo um bom vinho é possível suportar a fala de um italiano'.
O casal que me trouxe a Bácoli faz parte da estrita lista de amigos de uma quase-irmã brasileira que hoje vive na Itália; juntos fomos de carro até Hyeres e de lá pegamos o avião para Napoli, de onde seguimos para a casa dessa querida amiga.
Contrariando Berthe, os italianos se mostraram excelentes companheiros de viagem, com um faro impecável para escolher restaurantes. (Talvez eu deva voltar a caminhar com regularidade... ou esse período em Bácoli me fará comprar roupas novas.) Suas histórias, a forma como partilham seu entusiasmo pela vida, o carinho que demonstram um pelo outro após tantos anos de convívio - estão casados há 34 anos -, fizeram com que eu me sentisse em casa, menina tomando café da manhã com minha família.
A chegada a Bácoli foi emocionante. Rever minha amiga, sentir meu coração pulsar diante daquele mar tão desejado, ouvir os sons da cidade, perceber o ar aderindo ao meu rosto... meu peito foi se tornando pequeno e precisei abrir espaço em mim através das lágrimas que deixei cair.
Estou feliz. Com sono e saudade...
1 Comentários:
Estou adorando essa viagem.
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