Da escrivaninha do atelier, observo as árvores no quintal. "Sementes e sonhos..." A verdade é que eu poderia ter colocado minha mesa de trabalho no herbanário ou na sala dos livros como Vicenzo sugeriu, mas aqui é onde meus dedos tecem realidades. Linhas, tecidos, agulhas, tintas, cadernos, canetas, lápis e esse estranho computador que em nada combina com minha vida "semi-medieval" - que é como Dinda se refere ao estilo não-elétrico que resolvi trilhar essa estrada... Permiti que alguns elementos tecnológicos fizessem parte de Eleonora, especialmente aqueles que facilitam o trabalho de Dinda e Vicenzo, seu marido e hábil hortaliceiro (não é engraçada essa palavra?), ambos já tão queridos por meu coração. Todas as terças, ouço Eleonora sorrir com as cócegas feitas pelo remelexo da máquina de lavar. Ao que parece, ela e Dinda se tornaram amigas e, posso até arriscar a dizer, confidentes. Gosto mesmo é quando se unem para espalhar aromas e encantar os elementais que nos visitam com certa frequência, como a fadinha que vem algumas tardes da semana e adora os pães açucarados que fazem Eleonora ficar com cheiro de canela.
1 Comentários:
Hmmmm que delícia devem ser esses aromas!
Quero te ver!
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